História & Evolução da Injeção de Combustível – Parte 1

Por Paulo Costa

História e Evolução da Injeção de Combustível

Presente em 100% dos veículos brasileiros a partir de 1997, o sistema de injeção eletrônica de combustível, introduzido no Brasil com o lançamento do VW Gol GTI em 1989, parece estar no imaginário popular como uma tecnologia dos anos 1980, porém, este revolucionário sistema que trouxe melhoria em consumo, desempenho e redução das emissões de poluentes dos motores remonta a meados do século XX.

Gol GTI introduziu a injeção eletrônica no mercado brasileiro

Início

Os primeiros motores com injeção de gasolina surgiram no início do século XX nos motores aeronáuticos e foram desenvolvidos pelo francês, também inventor dos motores com cilindros em disposição “V”, Léon Levavasseur, mas só começaram a ser utilizados em veículos após a segunda guerra mundial, quando entusiastas de competições automobilísticas passaram a adaptar esses motores injetados em carros de competição.

A criação de Léon Levavasseur

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O sistema de injeção direta de gasolina (onde o combustível é injetado diretamente na câmara de combustão) desenvolvido por Levavaseur era totalmente mecânico, onde a injeção era feita no momento da aspiração do ar. A evolução do sistema veio com o conceito de injeção estratificada criada pelo sueco Jonas Helsseman, onde a injeção era feita no momento da compressão e assim foi possível trabalhar com misturas ar/combustível extremamente pobres (menos combustível na mistura), tornando assim os propulsores mais econômicos e potentes, sendo sucesso entre os aviões alemães, soviéticos e americanos.

Injeção de combustível e veículos de série

Em 1952 a alemã Bosch introduziu pela primeira vez a injeção de combustível em um veículo de série. Este foi o, também alemão, Goliath GP700. Tratou-se de um sistema de injeção direta de combustível mecânica que teve como inspiração o seus sistemas de injeção Diesel (invenção mais antiga onde a injeção também é feita diretamente na câmara de combustão).

Goliath GP700

Cinco anos mais tarde, a Chevrolet através da divisão Rochester, introduziu a sua versão para sistemas de injeção de combustível no modelo Corvette, onde a injeção era feita de acordo com a carga do motor (quantidade de ar admitido), utilizava uma linha de alimentação de combustível contínua e o combustível era injetado de forma indireta (no coletor de admissão, próximo a válvula de admissão, como acontece na maioria dos sistemas de injeção eletrônica atuais).