Por Paulo Costa*
A manutenção preventiva de um carro é sem dúvida a melhor forma de mate-lo seguro e econômico, evitando desconfortos inesperados, ou seja, os conhecidos pregos. Mas quando fazer a manutenção do seu veículo de forma preventiva?
Os fabricantes de veículos através do manual do proprietário determinam uma quilometragem para cada manutenção nos diversos sistemas do mesmos, porém, existe em vários casos a observação “modo severo de uso”, que vai fazer uma grande diferença na escolha correta de abreviar ou não uma determinada manutenção.
Para o proprietário, fazer a distinção do que é ou não modo severo, por vezes é bastante difícil, o que leva a tomadas de decisões erradas, e assim, comprometendo a vida útil de componentes e sistemas do seu carro, afetando a sua segurança e a economia de combustível. Como resultado haverá um considerável aumento no custo da manutenção veicular, uma vez que será uma manutenção reparativa e não uma manutenção preventiva.
Mas o que de fato se encaixa em um tipo de uso severo do veículo? Vejamos então:
Modo severo
Modo severo de uso é aquele que o carro não foi desenvolvido para trabalhar em sua maior parte do tempo, ou que não promova aos seus componentes e sistemas uma condição ótima de funcionamento. Como exemplo podemos citar o coração do automóvel, ou seja, o próprio motor.
Em condições de utilização urbana, onde a necessidade de constantes trocas de marchas fazem a rotação do motor variar constantemente e os percursos curtos realizados não o mantém em uma temperatura constante e uniforme, comprometem consideravelmente a vida útil do óleo lubrificante e por consequência a vida útil do motor, caso a substituição do lubrificante não seja antecipada.
Por tanto, o que o manual chama de modo severo não é apenas o uso do veículo trafegando com excesso de peso, estradas empoeiradas ou rebocando carretas, situações que o senso comum conclui como sendo apenas essas as que estão incluídas no que se chama modo de uso severo.
Problemas por falta de uso
Outro caso muito comum em que se deve aplicar a manutenção preventiva é nos casos de pouca utilização do veículo. Como exemplos podemos citar:
- Quebra da correia dentada por ressecamento em veículos que apesar de baixa quilometragem, já passaram dos 5 anos de uso.
- Ressecamentos e quebra de coxins e batentes
- Oxidação do liquido e componentes do sistema de arrefecimento
- Degradação do óleo lubrificante
- Oxidação do combustível
- Ressecamento e quebra de pastilhas de freio
Conclusão
O discernimento do que é uso severo ajuda a realização da manutenção preventiva, substituindo assim componentes no prazo certo, evitando altos prejuízos com a manutenção reparativa e ainda evitando o risco de utilizar um veículo que poderá gerar graves acidentes, coisas que já vi acontecer várias vezes ao longo de 23 anos.
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Sucesso sempre,
*Mecânico e Instrutor Automotivo
Estava pesquisando pelo assunto aqui na Internet e acabei
encontrando sem querer esse blog e esse artigo aqui, gostei
muito
Olá, Jairo! Fico feliz que tenha te auxiliado. Volte sempre!