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A Máquina Que Diz O Que É: Será Que Diz Mesmo?

Por Paulo Costa

 

Então uma lâmpada acende no painel. E agora, o que deve ser? Logo, o proprietário do carro procura uma oficina pra passar a “máquina que diz o que é”. 

Uma lâmpada de avarias ou lâmpada MIL (do inglês Malfuction Indicator Light), foi instalada no painel a partir da criação da norma OBD (On-Board Diagnostic) nos EUA com o objetivo de informar ao condutor que uma avaria no sistema de injeção eletrônica esta ocorrendo, ou seja, dentre os diversos componentes do sistema (veja nesse vídeo os componentes), um (ou mais) está com funcionamento anormal. Com a introdução de outros sistemas eletrônicos como freios ABS, Air Bag, Controle de Tração, Imobilizador, etc, mais lâmpadas MIL foram introduzidas com o mesmo objetivo; informar que existe um problema em algum componente daquele respectivo sistema.

MIL Injeção Eletrônica
Mil Imobilizador
Mil Freios ABS

 

Veja então que a lâmpada não informa qual componente está com defeito ou “o que é”, mas sim, que existe uma falha, para que o condutor/proprietário possa saber, e assim, procurar a reparação.

 

Diagnóstico

Após a chegada a oficina, o profissional para iniciar o diagnóstico deverá acessar a memória de avarias da UCE via scanner (“a máquina que diz o que é”), ler qual a falha e a qual componente e/ou sistema que ela se refere, e a partir daí fazer avaliações como; alimentação elétrica do componente, condições do componente, condições do chicote (fios) entre o componente e a UCE (Unidade de Comando Eletrônico/computador), condições do sistema e/ou ambiente onde o componente está inserido, entre outros.

O scanner é indispensável, mas é apenas uma das ferramentas do profissional.

 

Testes com multímetro e diagrama elétrico são necessários.Já se pode ver que a leitura com o scanner não é conclusiva, mas apenas o início do processo de diagnóstico (“ponta do iceberg”), logo, concluir que um componente está avariado tendo como base apenas a leitura da memória é, no mínimo, um erro primário do profissional, que em muitos casos leva a um gasto desnecessário com peças.

 

Diagnóstico precipitado, sinônimo de dinheiro jogado fora.

 

Por tanto, da próxima vez que uma lâmpada acender no painel tenha certeza que além de scannear o sistema correspondente, o profissional irá precisar fazer outras diversas avaliações para poder chegar a um diagnóstico preciso, pois, ele (o profissional) sim é “a máquina que diz o que é”.

 

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Paulo Costa
Paulo Henrique de Lima Costa, 51 anos, é reparador automotivo há 27 anos, dos quais 22 como instrutor automotivo. Foi proprietário de oficina mecânica entre os anos de 2002 e 2013. Como instrutor, ministrou treinamentos no Senai/Ctgás em Natal/RN, formou turmas próprias e trabalhou por 4 anos no Centec Cursos. Há 5 anos desenvolve a Carro & Técnica Treinamentos Automotivos, onde oferece treinamentos desde o básico (Curso IDEA) ao avançado (Diagnóstico da Rede de Comunicação, Diagnóstico com Transdutores, Osciloscópio Automotivo, etc) nas versões presencial e EAD/On Line.
http://www.carroetecnica.com.br

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