Por Paulo Costa
Os primeiros veículos equipados com injeção de combustível controlada eletronicamente surgiram a partir de 1957 com o sistema desenvolvido pela Bendix Corporation denominado Electroinjector. O sistema tinha algumas limitações como; mal funcionamento na fase fria e a baixa velocidade de operação da unidade de comando eletrônico, fazendo com que o mesmo ainda não superasse o tradicional carburador em termos de eficiência na alimentação de combustível do propulsor.
Sistema Electroinjector da Bendix Corporation
No ano seguinte (1958), a Bendix em parceria com a montadora Chrysler viria a produzir alguns veículos com o Electroinjector, porém, abandonou o projeto e vendeu as patentes para a Robert Bosch.
Primeiro lançamento Bosch
Foi a través do modelo TL/E 1600 da Volkswagen que a Bosch lançou o D-Jetronic, seu primeiro sistema de injeção eletrônica. O D-Jetronic (D de Druck, que significa pressão em Alemão) utilizava um sensor de pressão no coletor de admissão (MAP) para medir a quantidade de ar admitido pelo motor. Essa informação associada a informação do sensor de rotação, serviam como base de cálculo para que a unidade de comando do motor calculasse a quantidade de combustível a ser injetada.
VW TL/E 1951
Com o sucesso do sistema, montadoras como Mercedes, Saab, Porsche, Citroen, Volvo e, um pouco mais tarde, a japonesa Isuzu passaram a usar o D-Jetronic em seus veículos. O sistema D-Jetronic só viria a ser substituído anos depois pelo sistema L-Jetronic (L de Luft, Ar em Alemão), que utilizava um medidor de fluxo de vazão no lugar do sensor de pressão do coletor, utilizado pelo D-Jetronic. Os demais componentes que compunham os dois sistemas eram semelhantes. Outro sistema que passou a ser adotado a partir de 1974 foi o K- Jetronic (K de Kontinuierlich, Contínuo em Alemão), que trazia injeção mecânica de combustível com controle eletrônico.
Sistema D-Jetronic
Sistema L-Jetronic
Sistema KU-Jetronic foi produzido para atender as rígidas leis antipoluição dos EUA, utilizou sensor de oxigênio pela primeira vez em 1976.
Vale salientar que, diferentemente dos sistemas que viriam a partir dos anos 1980, os sistemas D e L-Jetronic controlavam apenas a injeção de combustível, sendo a ignição de responsabilidade do sistema de ignição, e que eles eram controlados por uma Unidade de Comando Eletrônico (computador) analógico, ou seja, não possuíam inteligência e por isso não era possível o autodiagnostico e a utilização de scanners (rastreadores) pelo reparador automotivo para realização de diagnósticos.
Parte 3: O salto tecnológico a partir dos anos 1980