por paulo costa
Qual a relação entre capacitação técnica e a produtividade de um profissional? Total!
A resposta parece óbvia, pois um profissional capacitado poderá realizar de forma mais rápida e precisa, tanto serviços rotineiros, quanto resolver problemas complexos comuns em veículos com tecnologias avançadas, presentes na oficinas diariamente. Lembrando que não estamos falando aqui da compra de equipamentos complexos e modernos (também necessários), mas da capacitação técnica do profissional, pois, é sabido que um profissional capacitado com poucos recursos poderá resolver um problema, ao passo que, um equipamento por mais sofisticado que seja, sem um técnico capacitado e que interprete corretamente a informação por ele passada, poderá atrapalhar o diagnóstico.
Fatalmente a capacitação técnica renderá maior produtividade e faturamento para empresa e, consequentemente, maior retorno financeiro também para o próprio profissional, além de trazer maior reconhecimento, destaque entre os demais colegas do time e uma possível promoção profissional, assim como clientes mais satisfeitos, o que implica em um ganho para todos.
Uma equipe com técnicos automotivos capacitados é um ponto extremamente importante para o sucesso de uma empresa. Isso parece muito claro e também óbvio, já que estes estarão aptos para realizar diagnósticos precisos e solucionar problemas de ordem complexas trazidas pelos veículos atuais onde a mecatrônica está cada vez mais presente nos sistemas e subsistemas automotivos, exigindo dos técnicos e empresas investimento constante (seja de tempo e/ou dinheiro) em capacitação. Mas é isso que tem acontecido e que temos visto acontecer no setor? Tanto profissionais quanto empresas estão, de fato, investindo em capacitação técnica?
Infelizmente, o que é fácil de ver e sentir, são empresas descomprometidas com a capacitação do seu pessoal e colaboradores (sem generalização) jogando para as empresas a responsabilidade da sua própria capacitação. Nesse jogo todos saem perdendo; profissionais, empresas e o mercado em geral, com a baixa produtividade devido a defeitos que seriam muitas vezes de rápida solução que se arrastam por dias e em casos mais complexos por alguns meses.
Mas afinal, a quem cabe a capacitação técnica dos profissionais ou da equipe? Ao meu ver, o ideal e mais justo seria uma parceria entre empresa e profissional na divisão dos investimentos em treinamentos, uma vez que ambos saem ganhando; a empresa, que estará melhorando a sua produtividade e cumprindo sua função social, e o profissional com a absorção de maior conhecimento, capital que jamais lhe será tomado e que lhe trará benefícios diversos em vários aspectos da sua vida pessoal e profissional.
Outro fato que nos exige constante busca por capacitação técnica é a quantidade de informação dispensada via Internet (muito cuidado com algumas fontes) que proporcionou, não só a nós do setor da reparação automotiva como também aos nossos clientes, o acesso a procedimentos técnicos. Com isso nasceu um cliente mais exigente e contestador, o que exige ainda mais das empresas e de nós técnicos o domínio das novas tecnologias para cumprirmos a nossa função de forma precisa (como não poderia ser diferente) atendendo as expectativas, e assim, poder produzir de forma eficiente e eficaz, e com isso poder usufruir do retorno financeiro necessário.
Portanto, para se manter no “jogo” de forma competitiva, as empresas precisam encarar como prioridade a capacitação técnica de suas equipes. Para o profissional, caso trabalhe em uma empresa e esta não tem a capacitação técnica como prioridade, este deve capacitar-se, investir em sua carreira e não terceirizar algo tão importante para sua vida profissional e pessoal.
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