Por Paulo Costa*
Então você resolve instalar um alarme, trava elétrica, som ou qualquer outro acessório eletroeletrônico automotivo em seu carro e aquela busca por segurança, conforto, interatividade ou diversão se transforma em uma dor de cabeça imediata, muitas vezes até incapacitando o veículo de andar, ou ainda, o problema aparece dias depois, tornando difícil o diagnóstico e de se saber a real origem do problema com o carro.
Não é exagero! Isso são fatos reais que começaram a acontecer com mais frequência de vinte anos para cá, período onde a eletroeletrônica (chamada eletrônica embarcada) nos automóveis veio se tornando cada vez mais e mais comum. Começando com o gerenciamento eletrônico do motor (injeção eletrônica), aos poucos foi cada vez mais comum a introdução do gerenciamento eletrônico para outros sistemas automotivos, além da massificação e popularidade de outros como; air bag, freios ABS, imobilizador, câmbio automático e informática, por exemplo.
Rede de Comunicação
Mais problemas começaram a ocorrer com a popularização da Rede Can, que é um sistema de comunicação em rede veicular (ou embarcado), que permite que os diversos computadores distribuídos no veículo (da injeção, freios ABS, air bag, alarme, etc) se comuniquem entre si, compartilhando informações comuns, semelhantemente como acontece em redes de computadores pessoais.
Essa comunicação acontece através de um par de fios, onde não ocorre um fluxo de corrente elétrica de valor fixo (5 ou 12 volts), mas sim, uma “conversa” em linguagem computacional (digital). Outro ponto delicado são os controles de componentes elétricos como bomba de combustível, eletro ventilador do radiador, alternador, etc.) por pulsos PWM, onde também não há uma tensão fixa, mas sim, pulsos modulados que fazem variar a tensão. Qualquer “carona elétrica” nos condutores com esses tipos de informação, prejudica ou danificar o funcionamento do sistema ou componente.
Toda essa maravilha da tecnologia automotiva muitas vezes é danificada por adaptações e instalações mal feitas, por pessoas com baixo ou quase nenhum conhecimento das tecnologias as quais estão pondo a mão, em algumas casas de acessórios ou equipadoras. Conexões elétricas e isolamentos de fios mal feitos, “caronas” elétricas em fios e circuitos que originalmente não foram dimensionados para suportar cargas extras, são coisas que causam os mais diversos defeitos e levam os carros as oficinas e auto elétricas de reparação automotiva.
Agora você já sabe a importância de, quando for mandar instalar algum acessório ou sistema (não original/genérico) em seu veículo, investigar a procedência do produto e a qualificação do profissional que irá instalar. Em alguns casos de instalações de acessórios a garantia do veículo é comprometida. Bons profissionais existem, o problema é que eles não andam com uma identificação, por tanto, uma boa pesquisa é melhor do que os inconvenientes que podem vir depois.
Sucesso sempre, e se esse artigo ajudou a você, compartilhe com os amigos.
*Paulo Costa, 45, é mecânico automotivo a 22 anos e instrutor a 14.
Ótimo trabalho!
Após perder muito tempo na internet encontrei esse blog
que tinha o que tanto procurava.
Gostei muito.
Meu muito obrigado!!!