por Paulo Costa Insta @carroetecnica
Breve Histórico
A Sonda Lambda (ou Sensor de Oxigênio) é um componente importante para a manutenção do nível certo de emissão de gases pelo veículo, e nos sistemas Flex ela é fundamental para a estratégia de adaptação da relação Ar/Combustível (A/F).
No Brasil, a Sonda Lambda passou a ser utilizada a partir dos veículos da extinta Autolatina (VW e Ford com o sistema FIC EEC-IV) e General Motors (Vectra e Astra). Anteriormente, os veículos com Injeção Eletrônica trabalhavam em Open Loop (circuito aberto), o que significa que a central de Injeção Eletrônica calculava a mistura Ar/Combustível e a sua queima, porém, não recebia a informação da qualidade da combustão, função principal da Sonda Lambda.
Desde o início da utilização no Brasil a partir do início dos anos 1990 até hoje, vimos o Sensor de Oxigênio passar por mudanças que melhoraram a sua precisão e velocidade de resposta, como o surgimento do Aquecedor PTC, Massa (aterramento) do Sinal via UCE, Aquecedor com controle por PWM, Bomba de Ar de Referência (Sonda X-Four), etc.
A evolução tecnológica da Sonda Lambda trouxe consigo a necessidade de aperfeiçoamento profissional, pois exige muito mais conhecimento e preparação do Técnico no processo de diagnóstico, uma vez que este agora precisará conhecer não só o passo a passo do diagnóstico deste componente, mas também os novos recursos que o Scanner e o Osciloscópio oferecem para a realização do diagnóstico preciso.
Sonda de Banda Larga
O surgimento do sistema de Injeção Eletrônica Direta de Gasolina (Injeção GDI) exigiu a incorporação do Sensor de Oxigênio de Banda Larga (Wideband Oxygen Sensor), nome este que remete a faixa de relações A/F que o sensor pode medir. Estes motores podem trabalhar com faixas de relação A/F muito pobres, onde os Sensores de Oxigênio de Banda Estreita (Narrowband Oxygen Sensor) não conseguem fazer a leitura e por isso os sistemas precisam executar a estratégia de injeção em Circuito Aberto (Open Loop), aumentando assim o nível de emissão de poluentes.
A Sonda Lambda de Banda Larga possui uma célula de medição e uma célula de bombeamento de oxigênio, além de um circuito de aquecimento de alta potência controlado por Sinal PWM. A Célula de Bombeamento é alimentada por uma diferença de potencial, e por esta circula uma corrente elétrica de baixa intensidade que muda o seu sentido de acordo com a informação da Célula de Medição. Para todo o perfeito funcionamento, é necessário que o Heater (aquecedor) esteja funcionando perfeitamente. A tecnologia é do início dos anos 1990, porém, passou por aperfeiçoamento durante os anos, sendo assim, existem diferenças de aplicação que precisam ser respeitadas.
Mais uma vez, este salto tecnológico exigiu dos Técnicos Automotivos aperfeiçoamento profissional e domínio de novas técnicas de diagnóstico e dos recursos oferecidos por Scanners e Osciloscópio, além da necessidade de uma literatura técnica de ponta.
Aplicações da Sonda de Banda Larga
Apesar de ser encontrada, majoritariamente, em sistemas de Injeção Eletrônica Direta, este componente também pode ser encontrado nos modernos sistemas de Injeção Eletrônica Indireta ou PFI (Port Fuel Injection), como é o caso do Honda Civic 2.0 I-VTEC Flex que você pode conferir no vídeo abaixo.
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